O potencial e aceitação dos esportes eletrônicos não demoraram a serem aproveitados pelos responsáveis por séries de TV, com o mundo dos games chegando a produtos como NetFlix, Amazon Prime, entre outros.
Com enredos e personagens chamativos, foi inevitável que as histórias chegassem às telas, indo além de filmes.
Games como o League of Legends fechou acordo com o Netflix para uma série animada já estar disponível entre setembro e dezembro deste ano, em parceria com a Riot Games.
O universo dos videogames, responsável por altos investimentos e milhares de fãs, atinge novo patamar ao marcar presença dentro das plataformas de streaming. A ideia é aprofundar a experiências dos espectadores e gamers, colocando uma nova pitada de entretenimento em alguns dos seus produtos favoritos.
“Eu acho o máximo a ideia de séries inspiradas em games. Acredito que as boas histórias podem ser contadas em qualquer plataforma, desde que as adaptações sejam bem feitas. Foi uma bela sacada dos criadores, souberam enxergar um bom produto e aproveitar a chance de ganhar dinheiro, respeito, aumentar sua base de fãs e fazer o negócio sobreviver”, comenta a jornalista Isis Mota, fã de séries desde os anos 1990, quando o mercado era bem diferente com atrações como Barrados no Baile, Melrose, Arquivo X e Law & Order.
O criativo mundo das séries tem um universo inteiro nas mãos para inovar ao mesmo tempo em que busca manter a fidelidade de histórias e explorar personagens, podendo também ‘brincar’ entre estas duas opções.
“Em The Witcher, o que mais me chamou a atenção foi a produção. Deu pra ver que a Netflix teve o cuidado de tentar se manter fiel ao jogo, de onde vem o maior público consumidor. Resident Evil fez o caminho oposto trazendo elementos fiéis ao jogo, mas adaptando a história para a narrativa funcionar melhor. Isso, de fato, funcionou, conseguiram construir uma história que faz a gente continuar voltando pelo próximo”, analisa Bruna Paim, 25 anos, podcaster e estudante de gastronomia e design, outra fascinada por games e séries.
A chegada destes novos produtos faz com que um número ainda maior de pessoas conheça o universo dos esportes eletrônicos, tendo nas séries uma porta de entrada para, quem sabe, se tornar um gamer assíduo.
“Não podemos fingir que não é tudo pelo lucro. Mas, ainda assim, acho muito bom perceber que estão olhando para essas histórias. Os games, por muito tempo, tiveram grandes narrativas bem desenvolvidas que muita gente não conhecia porque não tinha acesso ao jogo. Trazer isso para o mundo das séries torna este universo mais acessível e, para nós que já conhecemos através dos jogos, é só benefício, além de trazer mais olhos pra esse mundo”, comemora Bruna.
Por Daniel Ottoni